Tenho um tipo de febre que não passa, está
comigo desde sempre, uns dias acordo e penso, acalmou, sumiu, é finda. Que
finda que nada, a febre desce e eu cavalo dos desejos dela, vou cedendo.
Para dar conta de uma febre tão antiga, tem
um lote de gente que ajuda, que cuida, que doa. Sim, tem que ter uma turma,
sozinho a pessoa não é nem corno. Este eu conheci numa festa, festa que a gente
vai só para dar vazão a este tipo de
febre. Este chega sempre que solicitado e tem hábitos particulares. Me usa como
se eu fosse um tipo de carne de segunda - antes de me comer me amacia. Chega e conversa e conta lendas e pergunta da
vida. Tira a roupa devagar, gosta de tudo no claro, por isso as luzes aqui em casa
são sempre fracas e rebatidas, luz direta já não me favorece. Sabe aquela pessoa que chupa a sua buceta como se não
tivesse nada para fazer depois? O pior é que tem. Passa horas só sugando o botãozinho*, dá
voltas com a língua em torno dele e faz a
febre baixar. Mesmo quando enfia o pau não é todo de uma vez, é em
escalas até
sumir dentro de mim. Goza rindo, tão bom a pessoa que goza rindo. Depois
me põe de costas, o dedo grande da mão grande massageia o meu cú até
que
ele se abre, o dedo sai e o pau entra e entra e entra. Faço
pequenas contrações só para ouvir ele dizer infinitas vezes o santo nome
em
vão. Depois os risos. O pau desmaiado dorme, enquanto ele se enrosca em
mim,
deixa entre nós dois apenas o espaço para escorrer o suor. E mesmo assim
a
febre não passa.
*Acho feio pinguelo, detesto grelo e
clítoris parece livro de ciências. Botãozinho fica por enquanto até eu achar
nome melhor.