segunda-feira, 30 de julho de 2012

Errante


Mãos do David de Michelangelo

Não sou destas que observa as mãos de alguem e através delas imagina todo o resto, o meu olhar sempre se perdeu no meio do corpo do homens, eu olho sempre e diretamente para o pau deles. De todos eles. As calças frouxas, o jeans apertado, o calção de praia. Aliás, quero aqui agradecer ao inventor do calção branco e do óculos escuros. Não há nada mas excitante que um homem de calção branco molhado e não há nada melhor que óculos escuros para permite olhar para o homem de calção branco molhado, sem que a mulher do homem de calção branco molhado queira me matar.
Mãos não me atraíam, mas claro que para tudo tem uma primeira vez.
Sempre depois da praia tem a saideira na casa mais próxima e que tenha mais ar-refrigerado, - sim estou numa fixação por ar-refrigerado. Achei que ia ser na casa do homem de calção branco, mas não foi. O homem de calção branco ia encontrar com o rapaz do short vermelho.
Fomos para a casa dele, recém chegado, na cidade, tentando fazer amigos. Vocês sabem que meu talento maior é para a amizade. Turma animada, piadas novas, piadas velhas e como sempre,  vai indo todo mundo embora quando geladeira amiga esvazia.
Primeiro elevador desceu, segundo elevador desceu. A mão dele segurou meu braço e disse – vai não.
Segurou é um eufemismo para a força que ele aplicou no meu bíceps recém adquirido. Sabe quando fazemos exame de pressão? Sabe aquela pressão que a máquina faz? Exato.
O quarto já estava quase montado, a cama box no centro, uns caixotes no lugar da mesa de cabeceira e um lençol da Casa&vídeo. Começa o negócio de iniciar uma nova amizade, e o gosto de sal no corpo ajuda muito a criar laços afetivos. As mãos dele eram duas lixas, mãos de trabalhador braçal, dedos grossos com unhas muito curtas.
-      Tem camisinha?
-      Não.
-      Não brinca.
-      Não tem.
-      Não pode, parou

O meu corpo inteiro dizendo sim e a imbecil da minha boca falando não. O pau dele completamente duro, minha buceta inchada e a idiota da minha boca diz não.
-      Vamos brincar de outra coisa?
Ele se recostou na cama, a tal da mão me puxou pelo braço de novo e me colocou sentada em cima dos quadris dele. Ele tinha um cheiro de capim-limão. Dois dedos dele entraram rapidamente em mim. Gostei dessa brincadeira. Segurei firme no pescoço dele e desandei a cavalgar. Por diversão ou maldade ele colocou um dedo também atrás. Fui me perdendo na boca dele, fui ficando tonta. Ele disse que ia colocar mais um dedo. Eu tremi de medo, achei que iria rachar ao meio, não rachei. Entre a dor e o mais legítimo prazer, gozei mordendo o pescoço dele que acho agora exalava a erva-cidreira. Coloquei minha boca no pau-dele para retribuir a generosidade, ele se esparramou na cama para receber o presente, chupei devagar, lambendo de vez em quando o saco, enfiei o pau inteiro na boca e pouco antes dele gozar coloquei o pau entre os meus seios. Aquele jatinho quente, o pau desmaiando.  As mãos me puxam para cima dele, um abraço, o pau morto embaixo de mim. Ele gira sobre meu corpo e de novo abre as minhas pernas, olha atentamente para a minha buceta, lambe como quem experimenta um novo sabor, gosta do gosto e mergulha a língua. A mão sobe e agarra o meu peito como se dele fosse extrair alguma coisa, aperta, espreme e suga o bico com fome. Joga todo o peso do corpo contra o meu e os dedos já buscam o caminho entre os pelos da minha buceta, abre e massageia, entra, tira, cheira. Poderia me desvencilhar, poderia mas não posso. Na dança de salão é assim o cavalheiro conduz , e vamos combinar que de vez em quando é muito bom ser conduzida.
Fechando os olhos agora tenho certeza, ele cheirava a alecrim.   

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Oh the shark, babe, has such teeth, dear



Era destes com uma placa anunciando perigo. Ignorei.
Temos uma turma, somos todos amigos de muito. Acostumados estamos a nos proteger, ele é um quase estrangeiro no nosso grupo, na chegada já me avisaram cuidado, não mexe com este. No meu canto quieta estava, no meu canto quieta quase fiquei. Festa já no meio,  chega ele todo risos - Comprei uma cachaça me disseram que você adora. Combinamos todos que foi ele que mexeu comigo? Corte muito rápido para um quarto sem ar-condicionado, ele não acredita em ar-condicionado, acha que os suores devem se misturar. Ele inteiro concentrado em chupar a minha buceta, apoia os dois braços nas minhas pernas, limita os meus movimentos eu só  posso subir ou descer o quadril, o que faz com que a língua dele entre tão profundamente que a falta de ar-condicionado quase não me faça falta. O pau quando vem é sem pressa, entra e fica, brinca e ri. Trepa para me deixar cansada, trepa como quem tem fome, eu achava que era fome de mim.
Vocês já criaram gatos? Isso,  gato não se amarra, não se adestra, gato é independente. Noites o gato vem, noites o gato vem não. Noite perguntei ao gato o que somos? Responde o gato - Somos felizes quando estamos juntos e isto deve bastar. Basta.
No meio da frase a buceta, sem vergonha, molhada se entrega. Em cima dele nessa cavalgada vadia, suor misturado, somos felizes. 

Brinquedinhos, Porque variar é sempre bom.



Primeiro esclarecer para os rapazes que os famosos “consolos” não são adversários, eles são complementos de uma brincadeira, mas querida se seu homem não se sente confortável com o brinquedo não force, no sexo tudo tem que ser consensual. A palavra está cansada do uso mas é fato sexo tem que ser consensual, seguro e sóbrio.  O que descobri também com as minhas pesquisas é que alguns consolos/vibradores  são fabricados com material tóxico, sim tem que ter cuidado com isso também. Anotei aqui alguns sites com objetos dignos de adoração. Novidade, para mim, foi perceber que grandes empresas começam a atentar para segmento erótico a Philips saiu com um massageador e a Natura com uma linha de óleos para serem usados a dois. Tente, inove, brinque. Vale a pena.

Perguntinha – O que te excita?

Sites

Um pouco mais sobre o mesmo


Estive em São Paulo para um evento chamado PopPorn Film Festival. Entrem no site para ver melhor do que se trata. Um final de semana inteiro conversando sobre sexo.
O assunto como sabemos me interessa há muito tempo, a mágica da sexualidade, do desejo, dos fetiches me fascina desde que entendi o que fascinação quer dizer.
Estranho para mim sempre foi o fato de ouvir nas rádios, em seus programas matinais, a descrição completa de um assassinato de um estupro, de um roubo e não ouvir alguém falando de sexo da mesma forma simples e direta. Ainda pequena eu tinha que sair da sala quando o assunto sexo entrava na pauta, mas podia ouvir o assunto traição, estelionato e fraude. Se quase toda a forma de reprodução incluí sexo,  em que tempo começaram a dizer que era pecado? 
Durante o final de semana do festival conversamos, assistimos filmes, participamos de debates e wokshops. Para mim acima de tudo descobri que não sou um pária no mundo. Sim, sempre me senti estranha por achar que sexo é uma pauta para conversas, assim como sapatos, filmes e política. Conversas honestas sobre sexo, esclarecem, ajudam e porque não dizer excitam.
http://www.popporn.com.br/