sábado, 31 de dezembro de 2011

Gratificado



Antes que esse ano acabe.


Eu vou contar bem do começo, bem explicadinho, para vocês entenderem como foi. Também vou lembrar uma frase que caberá bem nessa narrativa “Não julgueis para não serdes julgado”. Isto posto.

A semana inteira foi tensa, ano acabando, tudo acabando e no escritório nada fechava. O que era para ir não ia, o que era para chegar não chegava. Perspectiva de encerrar o ano em perspectiva para o ano seguinte. Aquele baixo astral generalizado. De meio dia para tarde tudo mudou, chegou o que era para chegar, fechou o que estava aberto, abriu o que estava fechado.
Todo mundo feliz, todo mundo se beija, todo mundo se abraça. Claro, todo mundo bebe. Bebi pouco, duas doses daquela cachaça de minas que eu só tomo em dia santo e feriado. Suficiente para ficar feliz e tirar a faca cravada nas costas. Relaxada, despedidas.Até ano que vem.
Uma chuvinha fina caindo na rua.
Taxi, entrei ainda rindo
-      -  Está feliz?
-       - O dia hoje foi maravilhoso moço, pense numa pessoa feliz.
-       - Não falta nada?
-       - Agora só uma trepada incrível para encerrar a noite
Vejam bem, foram apenas duas doses , eu juro. Eu não pensei “vou dizer uma frase chocante para chocar este motorista que está sendo gentil comigo”, eu simplesmente falei sem freio. Depois fiquei vermelha da cor do manto de São Jorge.
-       - Isso é fácil de se resolver
Ele também não deve ter pensando antes de falar.
-       - Hein?
Perguntei como se fosse a minha avó surda, quem sabe se eu fizer de conta que não ouvi fica o dito pelo dito
-       - Uma boa trepada. Eu posso resolver isso.
Eu devia ter bebido mais umas dez doses, para me preparar para o que viria.
-      -  Assim, tipo agora? Tipo aqui? Tipo qual seu santo de devoção
Olhei direito, feio não era, cheirosinho, carro  novo, sim eu olhei se o carro era novo, porque não sei. Sim eu fui ficando excitada. Não, não era flamenguista. Sim tinha um sorriso bonito.
Paramos em um motel no meio do caminho. Desses que o símbolo é um animal do tipo Panda.
-       Vou tomar um banho, quer beber alguma coisa? Aquela conversa besta de quem não tem nem assunto. Melhor calar. 
Olhei direito era bonitinho, era fortinho, barriga de cafuçu, pau bom.
Foi isso.
Sem roupa rápido, uns beijos rápidos, chupou maravilhosamente a minha buceta. Sim eu estava precisando muito.  Meteu o pau (tamanho M) como quem sabe exatamente o que estava fazendo, meteu durante muito tempo, e eu pensando se o taxímetro estava ligado, fez de ladinho que eu adoro, fez de quatro. Eu nunca tinha visto o rosto da pessoa me comendo quando estou de quatro, no motel, pelo espelho, ver as caras que ele fazia foi outra coisa, ver ele protelando o gozo, ver ele me esperando, ver ele tremendo e eu ali de quatro.  Uma hora tem que acabar, uma hora acabou. A conta, decidimos dividir. Volta para casa.
-       Vou pagar a corrida, assim você não fica no prejuízo
-       Não precisa, estou bem pago.
Vestido branco, levar uma flor para Iemanjá. Hoje só agradecimentos



6 comentários:

  1. vc eh simplesmente incrível guria, o invejinha dessa vida eu que não sei se largo o meu pau de todo o dia ou convenço ele a me dividi com os outros...

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  2. hahahaha Eu acho uma delícia ler você. Feliz ano novo!!

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  3. Queridos,

    Sacha, ter alguém ao lado é uma sorte imensa, alguém que conhece teu corpo, teus desejos e a tua loucura. Se virou cotidiano ou rotina, inventa um jeito novo. Conversa, leiam juntos o bom e velho Kamasutra. Fala para ele o que você quer e escuta o que ele deseja. Ousadia e liberdade são uma receita muito eficiente. Pode ser feijão com arroz sim, mas quem disse que não podemos colocar pimenta?e que também não podemos colocar pimenta?

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  4. Será que você pode postar algo logo? Li de sopetão todo seu blog. Cheguei nele por acaso. Mas é que eu dou o azar de todo blog que eu começo a seguir empacar. Espero que esse seja diferente. Ou serei eu uma fatalidade.

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  5. Sina de Cavalo Paraguayo, segue post em sua homenagem.

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    1. Nem merecia tamanha homenagem... Só o prazer de ler suas histórias é o bastante, Anais Nin do blogspot.

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Sempre me interessa o que pensas.