Existem poucas coisas tão
boas quanto acordar com ele dizendo no meu ouvido – vou gozar. Dito assim,
quase sem falar. Dito ou pensado? Ele me pede ou me avisa? O peso, o encaixe, o
suspiro, a quase morte. A ilusão de que por um segundo somos um só. Gozar com
um outro exige cumplicidade, o sexo é uma brincadeira, jogo de dupla, as vezes
mais de uma dupla. Não estou falando de
amor, nem de para sempres, nem de ilusões e projeções de uma vida futura. Estou
falando daquela meia hora, dentro do quarto, ou qualquer outro ambiente que
tenha a mesma função, daqueles instantes que sua atenção esta no seu corpo, nos
seus desejos e nos dele. Instintos básicos, brincadeiras, pequenas marcas
deixadas. Uns falam de um ringue, de uma
batalha, um duelo, eu encaro como uma dança, um pas de deux, não tem vencedor,
um está ali para o outro. Uma forma de oração, um mantra. Dura pouco e alegra
um dia, ou um mês se você tiver sorte. Uma trepada boa, realinha os chakras e
organiza os pensamentos, coloca os problemas em seus devidos tamanhos. Gozar ainda
é a melhor diversão. Boa semana para todos. A minha parece que vai ser bem
legal.
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