terça-feira, 7 de maio de 2013

Pesca Mortal





É sempre poética a imagem da femea que sai na noite, toda arrumada a procura de uma boa trepada. Enfeita-se, depila-se em lugares nunca dantes navegados, calcinhas de renda, maquiagem nas imperfeições e coisa e tal. Mas na vida real se dá quase que uma pesca mortal, sim por que a noite é um mar de possibilidades. Depois de um tempo já tendo trepado a quantidade de vezes que trepei, não é em qualquer mar que consigo um bom pescado. Depois de um tempo você já conhece as marés e onde vale a pena jogar a rede. Algumas vezes a vontade de trepar é tanta que qualquer sardinha vira salmão, foi o caso.
Noite destas, assim toda pronta, parti para mais um episódio de pesca mortal. Um bar, uma festa, uma roda de samba e nada de aparecer uma presa, final de noite perto de casa vamos ver se a sorte nos ajuda. Ajudou. Enfim, como falei antes, na hora da fome arroz com ovo é risoto.  Foi assim dessas trepadas média, tipo nota 7. Sim eu dou nota e não se façam de inocentes porque todo mundo faz isso. Achei estranho ele esperar o dia clarear, achei estranho ele pedir uma caneta, achei estranho ele escrever frases estranhas e desconexas sobre a noite, sobre a troca de olhares, sobre uma certa buceta muito molhada, sobre um pau encontrando um refúgio. Achei ruim quando a tinta da caneta acabou e ele pegou um marcador de cds, fez desenhos delicados. Uma hora colocou dois dedos na minha buceta, ficou massageando, brincando, depois tirou e começou a descrever sobre cheiros. Me comeu mais uma vez. Ficamos os dois carimbados da noite. Foi embora. Acontece, uma trepada nota 7 em evolução pode virar 10 em criatividade.
PS. Alguém sabe como remover marcador de cd do corpo?

Um comentário:

Sempre me interessa o que pensas.