segunda-feira, 11 de abril de 2011

Domínio.com

Eita porra. Como pode ? Com que autoridade? 
Não que ele fosse desatento com os meus quereres, mas os dele são prioridade e ele sabe que olhando para aquilo tudo, não se havia de pensar em outra coisa senão querer aquilo tudo. A refrega dura muito.
A agonia era esse hábito de me vir por trás, nunca quer saber se estou pronta ou não. Me vem. Enquanto  sacia a vontade dele, suas mãos se ocupam das minhas vontades. Mãos imensas, pesadas. Eita porra. De lado não tem o peso do corpo dele, tem a força e a rigidez daquilo tudo. Parece vivo, vai entrando aos poucos, paciente. E morde nuca e faz cabelos de rédea. Arde um pouco, doi um tanto. Ele se esquece de mim. Eu me encaixo na  sua mão, quero eu também alguma alegria, caio com o corpo inteiro sobre o braço dele e ele faz de mim cavalgadura. Dois bichos. A outra mão no meu quadril vai dizendo o ritmo. A outra mão dentro de mim não diz nada. Esqueço dele. Com aqueles dois dedos dentro de mim, vou gozando lento, as pernas fraquejando. Um formigamento. Ele se lembra de mim, penso em pedir ajuda a Deus, mas não sei qual o santo correto para tal situação. Montado em mim, as duas mãos livres, me puxa para ele de uma vez, solto um grito seco. Ele para e se admira do que vê, passa a mão no lombo que parece continuação do corpo dele. Ri. Tende misericórdia de mim senhor. Entra e sai. Minutos. Não fala nada. Abraça a minha cintura e me faz sentar sobre suas pernas com ele ainda dentro de mim. Uma mão sobe, aperta o meu peito. Doi ainda. Coloca os meus cabelos de lado, beija a nuca e deita. Ainda dentro de mim. Vai saindo aos poucos, mais por inércia do que por ação dos corpos. Fica só o coração dele batendo nas minhas costas e o meu nas mãos dele.

Um comentário:

Sempre me interessa o que pensas.