Ela pensa por ela mesma, isso eu já falei.
Vem dela uma vontade que desconheço minha.
Nunca de mim saiu essa fome.
Esse fogo de agora, é tudo dela. Vem dela.
Endurece e umedece sozinha, sem meu conhecimento.
Autoridade? Sobre ela? Nenhuma.
Algumas vezes é com pobre da rua, com vigia de festa, com motorista de taxi. Lá vai ela.
Vê, pega e come. Carcará do meio das minhas pernas. Não conhece fastio.
Deixo ela ir. Dizem que não é bom prender. Vai.
Não sacia de primeiro, quer sempre mais.
Fala de tamanhos e cheiros.
Cheiro atiça ela muito.
Alguns eu já conheço e evito, outros nem percebo.
Quando vejo já foi.
Abre-se, esparrama, engole.
Cansaço? Acho que conhece, não.
Depois da refrega se lava. Se renova e de novo vai.
Às vezes queria que parasse, às vezes queria não.
carai!
ResponderExcluirCertas pessoas têm o dom de decifrar sentimentos, sensações. Tu decifras o eu, o tu, o tudo. Vai sem medo, nega, que o grande mundo é pequeno pra você.
ResponderExcluirEsse texto me lembra muito esse:
ResponderExcluirhttp://fragmentosdooco.blogspot.com/2010/01/s-versus-k.html