terça-feira, 5 de abril de 2011

Exato

Queria entender por que tua mão tem o tamanho exatinho do meu peito...
Exatinho!
Podia ser maior, 
Podia não caber.
Mas é exatinho.
Quase tudo é exato.
No começo, me dava um nervoso te saber tanto.
Depois veio o entendimento da mágica
É mágica. 
Tens outro substantivo?
Que nome se dá quando o cheiro de um corpo se reproduz no outro?
Que nome se dá à honesta fraqueza que toma conta das minhas pernas na hora que tua mão esbarra nelas?
Que nome se dá?
Queria tanto que a tua mão  não fosse do tamanho exato do meu peito
Queria dormir inquieta imaginando tuas andanças pelo mundo, sem a certeza da tua respiração no meu ouvido.
Queria uma dúvida. Melhor, queria uma brochada.
Queria uma prova que não sou tua.
Acabou o meu querer. Quero nada não. 
Quero essa respiração no mesmo compasso.
Quero coisa besta de cotidiano.
A tua encoxada, a minha perna que se abre, a respiração que vai se agitando, a mão que puxa o meu cabelo,
o gozo risonho, a tua cara de contente, a porra escorrendo.
Não para, não para.
A tua mão do tamanho exato do meu peito carrega ele até a tua boca. 
Não para.
De novo, começa. De novo termina. Não para
Chupa por favor
E de novo começa e de novo termina

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